Morreu o Quino.
Li a notícia e
apercebi-me que, na minha cabeça, o Quino não era uma pessoa, mas uma imagem, uma
assinatura. Nunca associei a uma cara.
Foi-me apresentado muito cedo (mal sabia ler), e talvez também por isso, a "Mafalda" não tem a mesma importância para mim, que tem para muitos de vocês. Uma criança que mal sabia ler, como é óbvio, pouco ou nada percebia das fabulosas/fantásticas “tiras” que via. Por isso, na altura perdi o interesse. Sempre me apercebi que era o fascínio de outras pessoas, como por exemplo da Cláudia, que sempre adorou. Aliás, foi em casa dela que me foi apresentada esta “vertente” do Quino. No quarto, ela tinha uma pequena estante de verga, com 2 prateleiras com livros, e eu, que sempre fui fascinada por livros (mesmo antes de saber ler, adormecia a ver as bandas desenhadas do Tio Patinhas), encontrei-os aí. Acho que peguei neles enumeras vezes, mas sem dar o devido valor. Agora do que leio, percebo o verdadeiro Génio.
Mais ou menos na
mesma altura, descobri a “outra vertente” de livros (igualmente fenomenais –
pelo menos para mim), e que talvez, pelas poucas palavras, me conseguiram
chamar mais a atenção. Se bem que metade das “piadas” não as devia perceber.
Estes livros foram-me “apresentados” pelos meus primos: os gémeos. Tinham – e têm
– no quarto uma estante cheia de livros (e, mais uma vez, eu, pequenita, fascinada…).
A minha tia deixava-me acordá-los ao sábado de manhã… OMG Só percebi mais tarde
a tortura que lhes fazia:10 anos mais velhos que eu… a um sábado de manhã… a
saltar em cima deles, com o Bugui à mistura. E foi assim, a partir dessa
altura que conheci os “outros” livros do Quino, assim como os livros do “Gaston”,
“Lucky Luke” e outras BD. Sentava-me a vê-los vezes sem conta. Perdoem-me os
fãs da Mafalda, mas estes são os meus preferidos.
Eu que tenho tantos livros, não tenho nenhum do Quino. Está na hora de colmatar esta lacuna.
E pronto, aqui fica a minha homenagem ao Quino.
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